Como prometido no post anterior, hoje falarei sobre os
dilemas que envolvem o estudante que almeja fazer um intercâmbio certamente
terá que enfrentar. Dentre os primeiros deles são a escolha da agência para o
suporte antes durante e até depois da viagem.
O planejamento financeiro, money (dinheiro),
algo fundamental, já que é um investimento nada barato e como convencer aos
pais a concordarem com tal decisão. A vontade de viajar, morar sozinho, estar
disposto a todos os ônus e bônus de um intercâmbio deve partir unicamente da
própria pessoa. Não adianta os pais querem que o filho o faça, se o mesmo não
tem vontade ou não se sente preparado.
Quando a pessoa quer, ela convence aos pais, para isso, é preciso
pesquisar sobre os tipos de intercâmbio, vá ao Google, que achará muitos blogs
e agências sobre. Depois de estudar
sobre o assunto, listar vantagens e as desvantagens, a segunda geralmente é
financeira e no quesito comodidade. Um intercambista jamais pode ser alguém
cômodo, se o for, prepare-se para mudar radicalmente. Tem que estar sujeito aos
desafios, à saudade da família e amigos, a comida diferente, a pessoas que irão
morar com você sem que você nunca tenha visto na vida antes. A barreira do
idioma, do clima, cultura, enfim, está aberto a um novo mundo diferente do seu
habitual.
Convencendo os Pais
Uma importante dica para convencer aos pais, de autorizarem e
ajudarem você ou até mesmo bancarem este seu desejo de realizar um intercâmbio
é leva-lo a uma das feiras de estudantes que em suma maioria acontece nas
capitais dos maiores estados, onde se encontram diversas agências oferecendo
seus pacotes e tirando as dúvidas. Nessas feiras, tem palestras de
ex-intecambitas, consulados e representantes de recursos humanos de grandes empresas falando da
valorização que uma experiência de troca cultural agrega ao currículo e ajuda
ao jovem a se inserir no mercado de trabalho, melhorar profissionalmente além
é claro de acrescentar experiência de vida.
Posso dizer por
experiência própria, pois, levei minha mãe no Salão do Estudante, que ocorreu em março aqui no Rio, e isso foi
fundamental, para que ela visse o quanto eu queria ter essa experiência, depois
de ver os relatos dos jovens que já fizeram, deu uma maior segurança pra ela de deixar
sua filhinha primogênita querida viajar pra um lugar desconhecido, sem nenhum
parente por perto e por um longo período. Lá na feira, ela também assistiu a uma palestra
do consulado americano, onde ficou sabendo de mais informações à respeito. Também mostrei a minha mãe várias reportagens
que achei na internet sobre jovens que fizeram intercâmbio e como eles se planejaram
financeiramente para isto.
Escolhendo a Agência
Depois de convencer a minha mãe que o intercâmbio seria uma
ótima experiência de vida e ainda ia me ajudar profissionalmente, o próximo
dilema era escolher a agência. Listei uma série de agências mais conhecidas que
achei na internet, IE, STB, World Study,
CI, Intercultural. Liguei para cada uma pedindo os orçamentos e fui a
algumas pessoalmente.
Mas a minha
escolha, mal eu sabia, ainda não estava nesta lista. Como já contei antes, eu fui
ao Salão do Estudante e foi lá que
achei uma agência que nunca tinha ouvido falar antes, a Egali. No estande da
Egali foi onde tive mais atenção, lá me foi explicado tudo e mais um pouco que
já tinha lido sobre Work
and Travel, e a vendedora me ofereceu o pacote FREE, o melhor era que esse pacote oferecido por eles, já incluía
passagens aéreas e todas as despesas com o visto e o the Best, por um preço que
eu podia fazer um esforço e pagar. Sai do estande da Egali super otimista e
pensando que seria esse ano em que faria meu intercâmbio.
Atenção! Empresas
menores e com menos nome tendem a oferecer um preço menor, então vale a pena
checar a credibilidade dessas empresas e pagar mais barato, pois os
serviços oferecidos geralmente são os mesmos e com uma enorme diferença de
preço. Como muitos já sabem as vezes a gente paga um preço maior só pela marca.
Apesar de ter adorado o atendimento da Egali na feira, eu não sabia nada a respeito sobre esta agência,
foi ai que corri para o Google e comecei a buscar referências, vi que era uma
empresa do Sul e lá era bem conhecida, joguei no site Reclame aqui, para ver se tinha muitas reclamações, li apenas
algumas e todas solucionadas. O vendedor da agência me ligou algumas vezes e
também foi muito atencioso e sempre me tirando dúvidas.
Depois de uma semana investigando a agência e ter certeza que era confiável fui ao escritório da Barra aqui no Rio para fechar. Nossa! Me lembro muito bem deste dia. Eu estava muito nervosa, até tremia na hora que o cara estava explicando o contrato, sai da agência apreensiva, eu sabia que iria para os Estados Unidos trabalhar temporariamente no período das férias, mas não sabia a data certa, nem em que iria trabalhar e nem aonde.
Depois de uma semana investigando a agência e ter certeza que era confiável fui ao escritório da Barra aqui no Rio para fechar. Nossa! Me lembro muito bem deste dia. Eu estava muito nervosa, até tremia na hora que o cara estava explicando o contrato, sai da agência apreensiva, eu sabia que iria para os Estados Unidos trabalhar temporariamente no período das férias, mas não sabia a data certa, nem em que iria trabalhar e nem aonde.
Money
E por último entre os primeiros dilemas a serem enfrentados
por um futuro intercambista está a questão financeira, o Money que é good os
num have haha para bancar esse investimento. Não basta vontade, é preciso
ter dinheiro ou se planejar para concretizar esta empreitada. Como não sou rica arranjei um trabalho de férias no Píer Mauá, porto do Rio
de Janeiro, recepcionando turistas dos cruzeiros que chegavam ao Rio. Um
trabalho estressante, o qual iniciava às 7h da manhã e sem hora pra sair,
cheguei a fazer jornada de 7h às 21h, trabalhei feriados, véspera de Natal e
até Ano Novo. Mas que me rendeu bons aprendizados e uma boa grana também.
Eu trabalhava
só no dia em que tinha navio, e na maioria das vezes era aos finais de semana e
poucas vezes durante a semana. Deste modo, trabalhei quase todos os finais de
semana do verão passado. Mas valeu a pena, juntei em três meses trabalhando
quase somente aos finais de semana a metade do valor do pacote do intercâmbio
da agência que falei anteriormente e o restante eu parcelei.
Outras agências mais conhecidas o valor total era bem mais
caro, daí a questão que me fez optar pela minha atual agência. Recomendo
pesquisar sempre, por que os preços alteram ano a ano, nas feiras tem promoções,
e quanto mais cedo fechar o programa mais barato sai. A outra dica bem importante
e que eu dei muita sorte, é acompanhar a cotação do dólar, pois a maioria das
agências irão te passar o preço do pacote em dólar, logo é mais barato fechar
num dia em que o dólar esteja em baixa. No meu caso, fechei com o dólar a
R$1,80 e algumas semanas depois o dólar teve uma alta elevada chegando a até
R$2,20. Outra sorte minha!
Não tem mistério, quem não tem dinheiro tem que trabalhar
focar no seu objetivo e juntar dinheiro, abre poupança, deixa de gastar com
futilidades, no meu caso, como trabalhava nos finais de semana, isso até me
ajudou porque deixei de sair, assim economizei bastante. Parei de ir a shows,
diminui as compras. Botei na minha carteira um recorte da palavra intercâmbio
em letras maiúsculas de um panfleto. Dessa forma toda a vez que abrisse a
carteira pra gastar dinheiro com bobagens iria lembrar do meu objetivo
principal e iria pensar duas vezes antes de gastar.
E pra falar a verdade não foi fácil! Comparando
com o ano passado em que trabalhava sem pretensão de juntar dinheiro e saia
quase todo final de semana, comprava roupa todo mês. Tive uma mudança brusca.
Mas como diz o ditado americano. No pain,
no gain. “Sem dor não há ganho.” Isso é válido para qualquer objetivo, se
você quer muito algo é preciso fazer escolhas e focar na sua meta para ter
ganhos futuros. Foi um ano de
concessões, mas acredito plenamente que vai valer a pena cada show que deixei
de ir pra economizar, cada roupa da moda que não comprei e cada centavo que
economizei pra trocar pra dólar.
Esse post ficou gigante eu sei, mas nos próximos eu serei mais breve. É que tinha muito assunto que eu precisava falar.
Esse post ficou gigante eu sei, mas nos próximos eu serei mais breve. É que tinha muito assunto que eu precisava falar.
Realmente pra quem não tem rios de dinheiro (como eu também) é necessário um grande esforço pra juntar o valor do programa e se privar de saídas nos finais de semana e outros gastos.
ResponderExcluirMas com certeza no final vai valer muito a pena!! *-*
Pôe esforço ai, esse ano eu quase não sai.Mas vai valer muito a pena sim. Será um sonho realizado! Fora que quando a gente se esforça pra conseguir algo o gostinho é muito melhor né.
Excluir