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terça-feira, 1 de maio de 2012

Mário Quintana




Passeando aqui pela net achei uma frase ao meu ver incrível, ótima para valorizar a nós mesmo. Curiosa como sou,  fui logo no meu amigo google, ver sua origem e se estava inserida em algum texto, ou era um pensamento solto daqueles que circulam pela net de autor anônimo. Pois bem, a frase é do ilustríssimo póstumo jornalista Mario Quintana. E é a seguinte O segredo é não correr atrás das borboletas… é cuidar do jardim para que elas venham até você.  Só que ao procurar sobre Quintana, foi impossível a mim reter se somente ao texto desta frase, fui lendo suas poesias, seu histórico e deu uma vontade de dar Copy+Past  em tudo dele e publicar aqui. Mas eu sei que seria exaustivo para vocês meus queridos leitores. Então, resolvi selecionar algumas que mais me fizeram  adimira-lo e o texto em que o próprio autor se descreve, que é maravilHOSO! apaixonei! Quero muito ler alguma de suas obras.



Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama ou acha que ama, e que não quer nada com você, definitivamente, não é a pessoa da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas… é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você..!
Mario Quintana



Depois gostei muito dessa poesia:

Somos donos de nossos atos,
mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos…
Atos sao pássaros engailoados,
sentimentos são passaros em vôo.

Mário Quintana
  

Não é lindoooo!!! 

Também achei essa daqui fantástica  e me identifiquei muito. A parte em negrito é a que mais me fez amar esta poesia. 




Confissão



Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece…
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!

Mario Quintana

E por último posto aqui o texto de ele próprio se descrevendo. Coisa boa de se ler e super  agradável, coisa de  um gênio das palavras.


"Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade.
Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu...
Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! Sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?
Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Veríssimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras". 

Texto escrito pelo poeta para a revista Isto É, de 14-11-1984.
Fonte: http://www.estado.rs.gov.br/marioquintana 


A parte em negrito ficou por minha conta para demonstrar novamente o trecho que mais me encantou. É ou não é artista das palavras ?! 




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